CELEBRANDO RESTAURAÇÃO
1. O que é o Celebrando Restauração?
O Celebrando Restauração é um programa de Doze Passos, baseado na Bíblia, onde cremos que Jesus é nosso Poder Superior. Nosso objetivo é ajudar pessoas a vencer seus vícios, traumas emocionais, maus hábitos e comportamentos destrutivos.
É uma caminhada de 33 encontros que levam à libertação e à crescente cura.
TODAS AS TERÇAS FEIRAS A PARTIR DAS 19h30m
2. Quais são as razões para participarmos do Programa do CR?
Compartilhar nossos problemas – ao compartilhar nossos problemas, abrirmos para uma nova maneira de ver as coisas. Provérbios 3:5-6
Viver na prática os mandamentos recíprocos (uns aos outros) – Ao caminharmos juntos, percebemos que não estamos sozinhos. Rute 1:16
Chorar com os que choram – Não estamos aqui para “resolver” nossas questões, mas para trazer uma nova perspectiva e crescimento para todos, inclusive para nós mesmos.
2.1 Buscar restauração
Aprender a lidar com os problemas do passado.
Receber força e graça para sobreviver no presente.
Construir um alicerce saudável para o futuro – Tiago 1:2-4
ELE sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas“ Salmos 147:3
Não é terapia individual ou em grupo. Você não será aconselhado no grupo: ninguém resolverá, consertará ou lhe dirá o que fazer com os seus problemas.
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1 – Encontrão, Louvor e Testemunho – todas as terças feiras a partir das 19h30m
2 – Grupo de Apoio – Sempre após o encontrão
3 – Grupos de Passos – todas as quartas feiras a partir das 19h30m
Encontrão – todas as terças-feiras a partir das 19h30m
Reunião aberta a qualquer pessoa que busca ajuda para enfrentar seus vícios, traumas emocionais, maus hábitos e comportamentos destrutivos. No Encontrão participamos de um momento com música e de estudo dos Doze Passos (e seus valores bíblicos) ou ouvimos depoimentos de pessoas que estão praticando os Passos. Após o Encontrão acontecem os Grupos de Apoio.
Grupo de Apoio – todas as terças-feiras a partir das 19h30m
Sempre após o encontrão, nesse grupo é realizado uma partilha sobre a mensagem específica ministrada no encontrão e o compartilhar de lutas e vitórias, assim como o encorajamento e o apoio mútuo. São grupos divididos por áreas de dificuldades, liderados por pessoas que estão vivendo em vitória na área abordada pelo grupo de passos (treinados pelo CR). No Grupo de Apoio vivenciamos esta verdade: “Nossa doença sai pela boca e o tratamento entra pelos ouvidos”.
Grupo de Passos – todas as quartas-feiras a partir das 19h30m
São grupos destinados a pessoas que desejam aprofundar seu processo de restauração. Esses grupos seguem um currículo com duração média de nove meses (reuniões semanais com duração de duas horas), também baseados nos Doze Passos e seus valores bíblicos, que requer dos participantes um compromisso com preenchimento de lições e a realização de um inventário moral.
Para participar é necessário inscrever-se previamente. Os Grupos de Passos acontecem em dias diferentes do Encontrão e dos Grupos de Apoio.
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A mudança começa quando decidimos mudar e reconhecer que precisamos de restauração. Para isso é necessário determinar o valor da minha vida, investir tempo, e determinar quem eu sou para Deus “sou filho amado de Deus”.
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Restauração é um processo. E devemos dar um passo de cada vez. Mas para começar o processo de restauração não é nada fácil, pois não queremos viver a verdade que fere, e preferimos nos esconder de nós mesmos. No CR percebemos que a vida nos machuca, machucamos outras pessoas e machucamos a nós mesmos e que a restauração é para todos nós (as coisas que eu tenho que faze não faço, mas o que não posso fazer assim o faço).
Entendemos no CR que precisamos da graça de Deus para sermos restaurados dia a dia (VIVER UM DIA DE CADA VEZ).
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Precisamos ter coragem suficiente para assumir que temos um ponto fraco em nossas vidas que precisam ser restauradas. Mas para isso é preciso confessar nossos erros e não se esconder mais para ninguém. Mascaras são enganos e inverdades. Precisamos viver a verdade que liberta (João 8:32)
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Precisamos ter mais compromissos com a restauração do que com nossa reputação. Se queremos ser mais do que somos hoje, precisamos construir nossas vidas em
cima de um alicerce verdadeiro, sólido e real. O tamanho da nossa doença é o tamanho exato do nosso maior segredo.
É hora de experimentarmos a restauração. Os doze passos do CR podem nos ajudar nessa jornada espiritual.
Leia também
Cada participante partilha seguindo as regras abaixo:
Fale de você: Falar na primeira pessoa. Manter minha partilha focada nos meus pensamentos, sentimentos e ações.
Tempo: Limitar minha partilha ao tempo estipulado, respeitando o direito de todos falarem.
Silêncio: Não manter conversa paralela, ouvindo em silêncio, com atenção e amor o que cada um tem a dizer.
Respeito: Apoiar aos outros, não “consertar” os outros, mantendo o foco nas minhas próprias questões, evitando julgamentos, críticas e conselhos.
Sigilo: Anonimato e confidencialidade são requisitos básicos. O que é compartilhado no grupo fica no grupo:
QUEM você VÊ aqui, O QUE você OUVE aqui, QUANDO você sair daqui, DEIXE QUE FIQUE AQUI. Celular: desligar o celular.
Objetivos do Programa CR
1. Lugar que valoriza o sigilo e o anonimato;
2. Celebrar as vitorias pessoais e de outras pessoas;
3. Lugar para tirar minhas mascaras, fazer perguntas;
4. Aprender com minhas recaídas;
5. Estar dispostas a trabalhar minhas dores, feridas e vitórias;
6. Me libertar do medo de falar dos meus problemas para os outros;
7. Ter atitude, rever com a orientação de Deus a minha própria história;
8. Sair da negação;
9. Lugar para ser cuidado e cuidar de outros;
10. Fazer um inventario moral de mim mesmo;
11. Errar e admitira os erros;
12. Um lugar seguro para compartilhar;
13. Admitir que sou impotente diante das minhas feridas, dependências e comportamentos destrutivos;
14. Crer que Jesus pode me restaurar (sanidade); e
15. Encontrar uma rede de apoio;
HISTÓRIA DO CELEBRANDO RESTAURAÇÃO
Esse é um resumo da história dos Doze Passos e sua expansão mundo afora.
Alcoólicos Anônimos iniciou-se em 1935, em Akron, Ohio, com o encontro de Bill Wilson, um corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e o Dr. Bob, um cirurgião
de Akron. Ambos haviam sido alcoólicos desenganados. Conforme escreve o próprio Bill Wilson, “os principais canais de inspiração para os 12 Passos, no que se refere à sua origem humana, foram em número de três: – os Grupos Oxford, o Dr. William D. Silkworth do Towns Hospital e o famoso psicologista William James, chamado por alguns de pai da psicologia moderna. A história de como esses canais de influência se encontraram e de como eles levaram a escrita e construção dos 12 Passos é excitante e em alguns aspectos inequívocos, inacreditável”. (B.Wilson)
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Os Grupos Oxford faziam parte de um movimento evangélico que nasceu Em 1908, liderado por Frank Buchman, pastor luterano, fundador da “Igreja Church of the Good Shepherd”, no Estado da Philadelphia. Frank. Buchman teve algumas desavenças com o conselho da cidade, renunciou ao pastorado e partiu para a Europa. Participou da Convenção Religiosa em Keswick, Inglaterra. Sua transformação espiritual ocorreu quando ouviu uma conversa da esposa do orador sobre a cruz de Cristo. Sentiu o abismo que o separava de Jesus. Ao chegar em casa, escreveu para cada uma das seis pessoas com as quais havia se desentendido: “Meu caro amigo. Guardei rancor de você. Sinto muito. Você me perdoa? Sinceramente, Frank.”
Chegando à Universidade de Oxford (UK), começou a ter um forte desejo de compartilhar esta experiência, formando um grupo evangélico com líderes de estudante e atletas, daí o nome, GRUPOS OXFORD. Esses grupos floresceram na décadas de 20 e 30. Tinham como base o envolvimento pessoal de um companheiro com outro. Trabalhavam os valores: honestidade; pureza; despreendimento (desapego) e o amor absoluto (incondicional). A orientação de Deus era buscada para todos os aspectos da vida. Os Grupos Oxford, colocavam ênfase em seus princípios morais e espirituais mas tinham cuidado de não interferir nos pontos de vista de cada um sobre religião. Todas as correntes de pensamento religioso eram aceitas nos grupos.
Com o tempo esse movimento se espalhou, e novos grupos formaram-se na Inglaterra, Escócia, Holanda, Índia, África do Sul, China, Egito, Suíça, América do Norte e do Sul. Praticavam rendição absoluta, direção de suas vidas pelo Espírito Santo, compartilhavam experiências, companheirismo, mudança de vida, fé e oração. Apontavam para padrões absolutos de amor, pureza, honestidade, e eliminação do egoísmo. Estas práticas não eram novas, mas, para os primeiros alcoólicos que entraram em contato com os Grupos Oxford, isso foi de grande relevância.
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Entre 1932 e 1933, Rowland Hazard, filho de um Senador e proprietário bem sucedido de um engenho na Ilha de Rhode, tornou-se alcoólico inveterado. Ele foi procurar ajuda com o mundialmente famoso psiquiatra Carl Jung. Jung falou que não havia nenhuma esperança para ele ali, que voltasse para casa e talvez encontrasse essa ajuda em algum grupo religioso. Foi o que ele fez. Ingressou em um Grupo Oxford nos Estados Unidos e começou a ficar sóbrio. Aprendeu e aplicou os princípios do grupo à sua vida.
Em 1934, Ebby Thatcher, amigo de infância de Bill Wilson, estava para ser preso como um bêbado crônico. Ele foi visitado por três homens de um Grupo Oxford; Shep Cornell, Rowland Hazard, e Cebra Graves. Eles posteriormente enviaram Rowland Hazard para ver Ebby. Rowland agiu como um padrinho, ensinando os preceitos que tinha aprendido no Grupo Oxford. Mais tarde, em dezembro desse mesmo ano, Ebby transmitiu esses preceitos para Bill Wilson.
Bill Wilson foi internado novamente no Hospital Charles B. Towns em Nova Iorque por causa do seu alcoolismo. Ele estava no “fundo do poço”. Foi aí que a ciência médica, na pessoa do doutor Silkworth, encaixou-se no conjunto. No hospital ele também recebeu a visita de Ebby que compartilhou a sua experiência – um alcoólico falando com outro. Ebby transmitiu a Bill Wilson os princípios espirituais e a graça que lhe trouxe um súbito despertar no hospital. Dessa experiência surgiu o desejo de alcançar outros alcoólicos, sendo lançada a semente para o nascimento do movimento dos Alcoólicos Anônimos (AA).
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Ainda no hospital, Bill Wilson leu o livro de William James (Variedades de Experiências Religiosas), que serviu de inspiração para os 12 Passos. Nesse livro James dizia que experiências espirituais podiam conduzir pessoas à sanidade, de modo a transformar homens e mulheres a fazer, sentir e acreditar em coisas antes impossíveis para elas. Não importava se esse despertar espiritual fosse sutis ou gradual; sua variedade podia ser quase infinita.
O livro relatava diversas experiências de pessoas que tinham encontrado a derrota total, estavam completamente sem esperança, até apelarem a um Poder Superior Jesus. Dessas experiências e leituras nasceram os primeiros passos – reconhecimento da impotência diante do álcool, a necessidade de receber esperança através de um Poder Superior Jesus e a total rendição a esse Poder Superior Jesus. Naquele lugar e naquele momento, aconteceu a centelha daquilo que um dia viria a ser Alcoólicos Anônimos (AA).
Quando começaram a formar uma sociedade separada dos Grupos Oxford, formularam princípios tais como:
Admitimos sermos impotentes perante o álcool.
Passamos a ser honestos conosco mesmos.
Passamos a ser honestos com outra pessoa, em confiança.
Fizemos reparações por danos causados a outros.
Trabalhamos com outros alcoólicos, sem visar prestígio ou dinheiro.
Oramos a Deus, para que nos ajudasse a fazer estas coisas da melhor maneira que nos fosse possível.
Esses princípios foram usados por Bill Wilson para se tornarem os 12 Passos como os conhecemos hoje. Ele os escreveu, em uma noite onde estava muito desanimado e com muitas dores, numa bandeja de papelão. Mais tarde Bill disse: “Estas expressões, que nós hoje conhecemos tão bem, demonstraram serem salvadoras da vida de muitos alcoólicos. Não podíamos imaginar que nossos 12 Passos fossem tão rápida e universalmente aprovados por clérigos de todas as religiões e até por nossos futuros amigos, os psiquiatras. Esse pequeno fragmento de história deverá
convencer até os mais céticos, que ninguém inventou Alcoólicos Anônimos. AA apenas cresceu – pela graça de Deus.”
Os Doze Passos se universalizar e se tornaram base de diversos Grupos de Ajuda Mútua ao redor do mundo, ajudando milhares de pessoas a vencer vícios, superar traumas e hábitos destrutivos.
Exemplos: Narcóticos Anônimos (NA), Codependentes Anônimos (CODA), Comedores Compulsivos Anônimos (CCA), Jogadores Compulsivos Anônimos (JCA), entre tantos outros.
HISTÓRIA DO “CELEBRATE RECOVERY” – EUA
Celebrate Recovery foi fundado em agosto de 1990, por John Baker na Igreja de Saddleback (Los Angeles – EUA). John Baker lutava com o alcoolismo e começou a frequentar um grupo de AA. Não conseguia ficar livre do álcool e estava passando pela pior fase da vida, quando teve um encontro com Jesus, na Igreja de Saddleback. Aliado ao programa de 12 passos do AA, começou a ter vitória em seu processo de recuperação. Conforme narrado em seu TESTEMUNHO, ele frequentava o AA e sentia falta de falar de Jesus. Frequentava a igreja e sentia falta do apoio de pessoas que tinham as mesmas lutas que ele. Então, a partir de uma conversa com o Pr Rick Warren (Igreja de Saddleback) articulou os 12 Passos (que são de domínio público) com os princípios bíblicos das Bem-Aventuranças do Evangelho de Mateus. Dessa forma, foi criado o programa CELEBRATE RECOVERY.
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O Pastor Rick Warren, da Igreja de Saddleback (LA, CALIFORNIA), esteve no Brasil no início do ano de 2001 para uma Conferência no Rio de Janeiro. A priori esta Conferência seria transmitida via satélite para outras cidades no Brasil. A Igreja hospedeira da Conferência em Fortaleza seria a Igreja Batista Central (IBC). Houve o cancelamento da transmissão via satélite, e mesmo assim os americanos que acompanhariam a conferência em Fortaleza resolveram vir até a cidade, para visitar a IBC. Após seu retorno aos EUA, enviaram uma caixa com diversos recursos da Igreja de Saddleback, entre esses, a caixa do “CELEBRATE RECOVERY”. Foi dessa maneira que a Igreja Batista Central de Fortaleza (IBC) teve contato com esta ferramenta. Então, durante um ano, um grupo de quatro homens (Cameron Young, Dr Hélio Rufino, Luis Fernando Velasco e Nelson R. Massambani), passaram a traduzir, estudar e vivenciar o programa, usando as lições dos livretos dos Grupos de Passos.
Eles foram profundamente impactados com a vivência do programa e conversaram com o pastor titular da IBC, sobre a possibilidade de implantar esse programa na Igreja. Pastor Armando Bispo a princípio se mostrou resistente, mas após conhecer o CELEBRATE RECOVERY, em Saddleback, em agosto de 2002; decidiu que o programa fosse implantando na Igreja (IBC).
Em fevereiro de 2003, após a Editora Vida não se interessar pela tradução do material do CR, Cameron Young (da Igreja Batista Central de Fortaleza) assumiu a responsabilidade de coordenar a tradução do material e a implantação do CR na IBC. O nome escolhido para o programa em português foi CELEBRANDO RESTAURAÇÃO (com a autorização da liderança do CELEBRATE RECOVERY). Esse nome foi
escolhido por melhor representar em português os valores do programa. Como diz Cameron Young: “Eu RECUPERO um quadro que foi roubado, mas eu RESTAURO um quadro que foi danificado pela ação do tempo, trazendo-o ao seu estado original, após um longo processo de muito trabalho e dedicação.”
Em 1º de maio de 2003, num dia de jejum e oração, o programa foi apresentado a toda igreja e voluntários foram desafiados a viver restauração em suas vidas antes do programa ser lançado publicamente. Entre maio e dezembro os voluntários aplicaram os valores da restauração às suas vidas e a série de oito pregações – “O Caminho da Restauração” (do Currículo do CELEBRATE RECOVERY) foi pregada para toda a igreja. Em janeiro de 2004 o programa do CR foi lançado publicamente todas as sextas feiras. Os primeiros Grupos de Apoio foram nas áreas de alcoolismo, drogadição, tabagismo, depressão e codependentes de familiares compulsivos. Desde então o programa na IBC cresceu e atualmente acontece em três dias da semana em locais diferentes da cidade. Em setembro de 2011 teve início o programa do CR Prisões, que é um braço do CR no sistema prisional e nos Centros Sócioeducativos (menores infratores). (Saiba mais sobre o Programa do CR na IBC e veja os endereços no site www.ibc.org.br/cr)
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A Primeira Igreja Batista (PIB) de São José dos Campos se tornou em 2004 representante da Igreja com Propósitos no Brasil (Igreja de Saddelback). Igreja onde teve início o CELEBRATE RECOVERY, e por isso assumiu a representação do CR a nível nacional, divulgando o programa especialmente no sudeste e sul do país através de treinamentos e conferências. Ao assumir oficialmente o programa a PIB de São José dos Campos, refez a produção do material e passou a chamá-lo de CELEBRANDO A RECUPERAÇÃO, numa tradução literal.
Hoje, o CR está espalhado Brasil afora. Algumas igrejas usam a terminologia CELEBRANDO A RECUPERAÇÃO, usando na íntegra o currículo e materiais produzidos pelo CELEBRATE RECOVERY (no Brasil, editado e distribuído pela SBB) e outras usam o termo CELEBRANDO RESTAURAÇÃO, usando esse material, produzido pela IBC. Ambos os programas dialogam e cooperam mutuamente para o crescimento do CR no Brasil, formando uma rede de parceiros. -
Passo 1: Admitimos ser impotentes diante de nossos vícios, traumas emocionais, maus hábitos e comportamentos destrutivos e que nossas vidas se tornaram ingovernáveis. “Pois eu sei que o que é bom não vive em mim, isso é, na minha natureza humana. Porque, ainda que a vontade de fazer o bem esteja em mim, eu não consigo fazê-lo.” (Romanos 7:18)
Passo 2: Viemos a acreditar que um Poder Superior Jesus a nós poderia restituir nossa sanidade. “Porque Deus está operando em vocês, ajudando-os a desejar obedecer-lhe, e depois ajudando-os a fazer aquilo que Ele quer.” (Filipenses 2:13)
Passo 3: Decidimos entregar nossas vidas e nossas vontades aos cuidados de Deus. “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Romanos 10:9)
Passo 4: Fizemos um minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos. “Examinemos seriamente o que temos feito e voltemos para o Senhor.” (Lamentações 3:40)
Passo 5: Admitimos para Deus, para nós e para outro ser humano a natureza exata dos nossos erros. “Confessem suas faltas uns aos outros e orem uns pelos outros, a fim de que vocês possam ser curados.” (Tiago 5:16a)
Passo 6: Dispusemo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter. “E então, quando vocês sentirem a sua indignidade diante do Senhor, Ele levantará, animará e ajudará vocês.” (Tiago 4.10)
Passo 7: Humildemente pedimos a Deus que removesse todas as nossas imperfeições. “Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a Sua promessa e fará o que é correto: Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade.” (I João 1:9)
Passo 8: Fizemos uma relação de todas as pessoas a quem prejudicamos e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas. “Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.” (Lucas 6:31)
Passo 9: Fizemos reparações diretas a tais pessoas sempre que possível, exceto quando fazê-lo implicasse prejudicá-las ou a terceiros. “Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados” (Lucas 6:37)
Passo 10: Continuamos a fazer o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente. “Portanto, tenham cuidado. Se você está pensando: “Eu nunca faria uma coisa dessas”, que isso lhe sirva de advertência. Porque você também pode cair em pecado.” (I Coríntios 10:12)
Passo 11: Procuramos, através da oração e da meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus, pedindo apenas para conhecer a Sua vontade para nossas vidas e forças para realizá-la. “Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza, viva no coração de vocês!” (Colossenses 3:16)
Passo 12: Tendo experimentado um despertar espiritual como resultado desses passos, procuramos levar esta mensagem a outros e praticar esses princípios em todos os aspectos da nossa vida. “Vocês receberam de graça; deem também de graça.” (Mateus 10:8)
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Somos encorajados a fazermos esta oração enquanto trabalhamos os Doze Passos, pois ela traz princípios muito importantes para nossa jornada de restauração.
Esta oração foi escrita em 1912 por um teólogo americano chamado Reinhold Niebuhr. Ele nasceu em 21 de junho de 1892 nos EUA e foi um teólogo e pensador muito influente que lutou contra o nazismo e defendeu os direitos dos trabalhadores no início do capitalismo. Ele fez esta oração, na sua Igreja ao final da sua pregação
dominical. Depois do louvor, um dos membros da congregação pediu a ele uma cópia da oração. Niebuhr deu-lhe seu original escrito a mão.
Esta pessoa pegou a oração e a mandou nos seus cartões de Natal daquele ano. Dessa forma a oração da serenidade de Niebuhr entrou rapidamente em domínio público.
Frequentemente esta oração é associada aos Alcoólicos Anônimos. Em 1942, alguém viu esta oração impressa num obituário de um jornal, e a mostrou para Bill, o fundador do AA. Desde então milhares de pessoas em recuperação têm usado esta oração, para se colocarem humildemente diante de Deus, confessarem suas necessidades, e assumirem responsabilidade por suas vidas.
Deus,
Conceda-me a serenidade Para aceitar aquilo que não posso mudar, A coragem para mudar o que me for possível E a sabedoria para saber discernir entre as duas. Vivendo um dia de cada vez, Apreciando um momento de cada vez, Recebendo as dificuldades como um caminho para a paz, Aceitando este mundo cheio de pecados como ele é, assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse; Confiando que o Senhor fará tudo dar certo Se eu me entregar à Sua vontade; Pois assim poderei ser razoavelmente feliz nesta vida E supremamente feliz ao Seu lado na outra. Amém.
Reinhold Niebuhr